O presidente da Assembleia Municipal (AM) de Esposende, Carlos Silva, tomou uma inédita decisão a nível nacional, no pós 25 de abril, e não deixou os partidos votar contra ou absterem-se numa proposta "colada" pelo líder da bancada do PSD à ordem de trabalhos.
A decisão levou mesmo ao abandono da AM dos deputados do PS e CHEGA.
Segundo assistiu este jornal, tudo começa na proposta de desagregação da UF de Gandra, Marinhas e Esposende, aprovada por unanimidade pelos oito deputados do PSD, quatro do PS e um do CDS-PP em Assembleia de Freguesia.
A proposta foi apresentada na AM, mas eis que surge em cena um parecer de jurista da Câmara, que recomenda correções à proposta da Assembleia de Freguesia da UF de Gandra, Marinhas e Esposende, retornando desta forma o processo à base.
Ora, e apesar de não constar nas ordem de trabalhos, surge pelas mãos do líder da bancada do PSD uma proposta subscrevendo o parecer do jurista.
Na hora da votação o presidente da AM não deixou ninguém votar contra ou abster-se. Algo que indignou muito dos presentes e que ficaram sem perceber as razões de tal facto.
O ambiente aqueceu e os deputados do PS e CHEGA acabaram por abandonar a Assembleia Municipal.
Segundo apurou este jornal, o PS e, ao que tudo indica o CHEGA, vão apresentar queixa no Ministério Público sobre os acontecimentos da Assembleia de Municipal.
Este jornal tentou contactar o presidente da AM, mas sem sucesso.