«Tivemos que aderir ao layoff simplificado», afirma a este jornal o diretor do Hotel Suave Mar, Francisco Saraiva, que não tem problemas em afirmar que «este ano não vamos conseguir recuperar nada».
«Desde o dia 14 de março que o restaurante encerrou e os últimos clientes saíram a 21 de março. Tivemos que correr ao layoff para evitar despedir funcionários», frisa Francisco Saraiva.
Apesar de não ser um pessimista por natureza, o diretor do hotel, neste caso, antevê muitas dificuldades para o turismo.
«Há um incerteza muito grande em relação à retoma. Esta questão do vírus ainda tem muitas incertezas. Mas quando essa retoma acontecer, esta vai ser devagar. Mesmo quando colocarmos o hotel a funcionar, vai ser tudo muito devagar. Vai depender muito do exterior e depois há a questão da confiança das pessoas», destacou, dando mesmo o ano como perdido.
Francisco Saraiva antevê uma redução de preços nos destinos turísticos quando a pandemia passar, o que pode agravar ainda mais o problema da procura turística em Portugal.
«Mas neste momento é muito complicado fazer qualquer previsão. Os preços vão baixar em todo o mundo e isso vai trazer dificuldades, mas também podem surgir oportunidades. É tudo muito incerto», aponta.
O diretor do Hotel Suave Mar não tem dúvidas que no momento a prioridade é a saúde e tentar minimizar os prejuízos do desemprego.
«Prevê-se que em meio milhão de pessoas que estão no setor do turismo, 250 mil vão ficar sem emprego. Estamos a falar de 50% do setor», apontou.